Bomba Atômica - Relatos de Sobreviventes Adventistas - Parte III
Eram 8:15hs da manhã do dia 06 de agosto. Sra. Kuwamoto está na cozinha lavando a louça do café da manhã. Seus três filhos estão em outra cidade, estão na casa dos avós porque é férias de verão. Seu esposo está na varanda da casa conversando com um amigo que passava na rua. Nisto ele vê o enorme clarão seguido do estrondo e do tremor. Toda a casa caiu, porém a parte da cozinha onde estava a Sra. Kuwamoto ficou em pé. Seu esposo ficou soterrado nos escombros da casa. Ela pensou primeiramente que se tratava de um terremoto, orou rapidamente e correu para salvar o esposo e o amigo. O amigo não havia se machucado muito, porém foi acometido de leucemia e graves queimaduras, vindo a falecer na mesma tarde.
Sra. Kuwamoto correu pra onde estava o esposo, este ainda consciente lhe disse assim: "até hoje eu fui duro de coração, porém agora creio em Deus e aceito Jesus como meu Salvador. FOGE! Deus a conservou ilesa para poder criar nossas crianças. CORRE! FOGE! Pois na segunda vinda de Jesus tenho certeza que nos reencontraremos. CORRE! FOGE!"
Ela não queria deixá-lo, queria morrer com ele, mas esse novamente falou: "Corre! Foge! Até quando Jesus voltar, até logo querida!".
Ela então fugiu correndo, pois nessa hora aquilo que ainda sobrara da casa, se encontrava em chamas. Seu esposo ali pereceu. Sra. Kuwamoto fugiu correndo, molhou antes um cobertor para poder passar entre as chamas. Ela afirmou que o quadro então vislumbrado era aterrador. Pessoas aos milhares foram queimadas, estavam mortas, cobrindo as ruas. O rio que passava em Hiroshima estava entulhado de pessoas que no desespero das queimaduras ali se atiravam. Não existem palavras para descrever tal quadro. Ela porém não sofreu nenhuma queimadura, leucemia, perda de cabelos ou qualquer consequência da bomba.
Sra Kuwamoto voltou ao interior onde estavam seus filhos. Ali trabalhou de cabelereira, criando todos eles nos caminhos do Senhor. Não tendo o dom da palavra, nem muito tempo disponível, ela passava até altas horas escrevendo cartas missionárias. Até mesmo depois de já estar bem velhinha, na cama e não conseguir escrever, ela usava o telefone para fazer trabalho missionário. Morreu no ano de 1985 de velhice, aos 91 anos de idade. Eu, Dayse, tive o privilégio de conhecê-la através de um vídeo feito em 1983 onde ela contava o que acabei de relatar pra vocês.
Obrigado Dayse por dividir conosco essa experiência milagrosa!!!
Gostaram? amanhã publicaremos mais um testemunho.
Obs: Todas as fotos postadas foram tiradas da internet e a que anexei hoje não é da Sra. Kuwamoto.
Um abraço...Cida.
1 comentários:
Muito interessante!
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